BRASIL AMPLIA ÁREA DE TRANSGÊNICOS E CHEGA A RECORDE


O Brasil plantou 25,4 milhões de hectares (ha) de cultivos transgênicos ou geneticamente modificados (GM) em 2010, um aumento de 19% (ou 4 milhões de hectares) em relação ao ano anterior (21,4 milhões).O resultado Levou o Brasil a consolidar a importante posição conquistada em 2009, quando passou a ocupar o segundo posto no ranking mundial de países que adotam as culturas transgênicas. De um total de 148 milhões de hectares plantados no mundo em 2010, os Estados Unidos permanecem no topo da lista (66,8 milhões), seguidos por Brasil (25,4 milhões) e Argentina (22,9 milhões).
Área mundial de culturas GM em 2010 (milhões de ha) – 5 maiores produtores:


Posição
País
Área (milhões
hectares)
Culturas GM
1
EUA
66,8
Soja, milho, algodão, canola, abóbora, papaia, alfafa e beterraba
2
Brasil
25,4
Soja, milho e algodão
3
Argentina
22,9
Soja, milho e algodão
4
Índia
9,4
Algodão
5
Canadá
8,8
Canola, milho, soja e beterraba


O Brasil plantou 25,4 milhões de hectares:
Soja - 17,8 milhões de hectares (75% do total plantado com soja)
Milho - 7,3 milhão de hectares (55% do total plantado com milho)
Algodão - 0,25 milhão de hectares (26% do total plantado com algodão)

De acordo com Anderson Galvão, representante do ISAAA no Brasil, o aumento de produtividade decorrente das plantações transgênicas contribuiu para dobrar a produção brasileira anual de grãos nos últimos 20 anos, enquanto a área utilizada para as plantações aumentou apenas 27%.

Mundo
2010 – Foram plantados no ano passado 148 milhões de hectares de transgênicos no mundo, crescimento de 10% em relação ao ano anterior (134 milhões de hectares). Ao todo, 15,4 milhões de agricultores de 29 países plantaram culturas geneticamente modificadas.
Área total – De 1996 a 2010, as lavouras GM acumuladas ultrapassaram 1 bilhão de hectares, com um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
Países em desenvolvimento – Os países em desenvolvimento cultivaram 48% das plantações GM globais em 2010 e, segundo o ISAAA, ultrapassarão as nações industrializadas até 2015. Os países da América Latina e da Ásia deverão ser os maiores responsáveis pela ampliação dos hectares globais cultivados com lavouras GM na segunda década de comercialização da tecnologia.
Pequenos produtores – Dos 15,4 milhões de agricultores que plantaram culturas transgênicas, 90% ou 14,4 milhões são pequenos agricultores de países em desenvolvimento e com poucos recursos. Hoje, a maior parte dos pequenos agricultores na China e na Índia cultiva transgênicos: 6,5 milhões de agricultores chineses e 6,3 milhões de agricultores indianos.
Novos produtores - Em 2010, três países cultivaram comercialmente plantações GM pela primeira vez. Aproximadamente 600 mil agricultores do Paquistão e 375 mil de Myanmar plantaram algodãoBt resistente a insetos, e a Suécia, o primeiro país escandinavo a comercializar colheitas geneticamente modificadas, plantou uma batata de alta qualidade aprovada para alimentação e uso industrial. Além disso, a Alemanha também plantou batata GM em 2010, retomando seu lugar entre os oito países da UE que cultivam atualmente batatas ou milho transgênicos.
Sobre o relatório - O relatório é inteiramente financiado por duas organizações filantrópicas europeias: a Fundação Bussolera-Branca, da Itália, que apoia o compartilhamento livre de conhecimento de plantações biotecnológicas para auxiliar a tomada de decisão por parte da sociedade global e uma unidade filantrópica dentro do Ibercaja, um dos maiores bancos espanhóis com sede na região de plantação de milho da Espanha.
Sobre o ISAAA - O Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas (ISAAA) é uma organização sem fins lucrativos com uma rede internacional de centros voltada para contribuir para minimizar a fome e a pobreza, compartilhando conhecimento e aplicações de plantações biotecnológicas. Clive James, presidente e fundador do ISAAA, viveu e/ou trabalhou, nos últimos 30 anos, nos países em desenvolvimento da Ásia, América Latina e África, dedicando esforços para questões de pesquisa e desenvolvimento agrícola com foco na biotecnologia de plantações e na segurança global de alimentos. (FONTE: CIB )

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