Uma nova alta no desmatamento da Amazônia, detectada entre agosto e dezembro de 2007, acendeu a luz vermelha no governo e levou o presidente Lula a convocar uma reunião de emergência para rever as táticas de combate à ação de madeireiros na região. Dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) denunciam a derrubada de 3.235 quilômetros quadrados de floresta no período, um recorde desde o início do monitoramento em tempo real, há quatro anos. Como esse sistema só registra cerca de 40% da área devastada, o governo estima que o estrago tenha chegado a 7 mil quilômetros quadrados no período. Há três anos, o governo comemorava sucessivas reduções no desmatamento. A lista é encabeçada por Mato Grosso, que ceifou 53,7% do total, Pará (17,8%) e Rondônia (16%). A estiagem prolongada e a alta no preço de commodities como carne e soja foram apontadas como as principais vilãs do novo aumento da devastação. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou que trabalha com duas possibilidades: a antecipação de derrubadas programadas, por causa da falta de chuvas, ou o aumento real do desmatamento. Os 7 mil quilômetros quadrados perdidos equivaleriam, em apenas cinco meses, a 60% de todo o desmatamento registrado entre agosto de 2006 e julho de 2007. Por isso, o governo trabalha com a probabilidade de aumento no próximo balanço. Marina Silva defendeu a política de combate aos madeireiros, mas admitiu a necessidade de reforçar o controle. Até sexta-feira, Marina deve publicar uma portaria com o nome de 31 dos 150 municípios que mais devastam e que terão as autorizações para a derrubada de árvores suspensas, conforme decreto editado no mês passado. Ambientalistas atribuíram a nova alta no desmatamento à falta de controle sobre a expansão do cultivo de soja e da criação de gado na Amazônia. O diretor do Projeto Amazônia da ONG Conservação Internacional, acusou o governo de não exigir contrapartidas ambientais. (com informações Clicrbs)
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