INPE DIVULGA DADOS DE 2010 SOBRE DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA

Nos meses de janeiro e fevereiro foram apontados 208,2 km² de desmatamentos pelo DETER, sistema de alerta baseado em satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que verifica a ocorrência de corte raso ou degradação progressiva na Amazônia Legal. No Mato Grosso foram registrados 69% do total de alertas de desmatamentos do bimestre, o que correspondeu a 143.4 km². O estado foi o que apresentou melhor oportunidade de observação pelo sistema. De modo geral, em janeiro foi possível observar por satélites apenas 31% da Amazônia, enquanto em fevereiro a área total verificada chegou a 43%. Na época de chuvas na Amazônia, quando se torna mais difícil a observação por satélites por causa da intensidade de nuvens que cobrem a região, o INPE divulga os resultados do DETER agrupados por bimestre. Mas o sistema mantém durante todo o período sua operação regular enviando dados quinzenalmente ao Ibama. Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do DETER não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Pelos mesmos motivos os técnicos do INPE não recomendam a comparação entre dados de diferentes meses e anos.A cada divulgação sobre este sistema de alerta o INPE apresenta também um relatório de avaliação dos dados. O documento detalha a localização dos desmatamentos e mostra no mapa as áreas que não puderam ser observadas devido à cobertura de nuvens. No bimestre de janeiro e fevereiro, 97,2% das áreas de alertas foram confirmadas como desmatamentos. Feita com imagens de melhor resolução espacial, a qualificação amostral dos dados do DETER aponta os diferentes níveis de degradação da floresta. Desta vez 86,5% dos desmatamentos foram classificados como corte raso e 10,7% como floresta degradada. Todos os dados do DETER são públicos e podem ser consultados no site www.obt.inpe.br/deter (com informações INPE)

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