É o que revela uma tese de doutorado defendida na Universidade de São Paulo. De acordo com a autora, o arquipélago de Fernando de Noronha não estaria preparado para preservar suas praias nas altas temporadas e não se valeria de seu título de Patrimônio da Humanidade para atrair novos visitantes.O trabalho constatou que no período de férias escolares, os navios chegam com até 1.500 passageiros ao arquipélago - o Ibama permite no máximo 400. Além disso, as pessoas chegam em barquinhos pela Praia de Atalaia, que fica ao lado do único mangue em ilhas oceânicas do hemisfério sul, o que contraria todas as leis de preservação. Ficou constatado ainda que cerca de 86% das pessoas que vistava o local não conhecia o título internacional conquistado pelo Arquipélago - situação bem diferente em países desenvolvidos, onde os governos se aproveitam desta situação para atrair turistas de forma moderada.
Só para se ter uma idéia, o Brasil tem a quarta melhor classificação entre as nações do mundo que possuem sítios naturais, atrás dos Estados Unidos, Austrália e Rússia. Fernando de Noronha está entre os 17 sítios brasileiros, sendo 10 culturais e sete naturais. É uma pena que uma das mais belas vistas naturais do país não tenha um tratamento exemplar. Os moradores relatam que escondem lixos para não ter de pagar taxas extras para mandá-los de volta ao continente. Não é de se estranhar que parte dessas pessoas tentem dar um fim nos resíduos na surdina, no próprio arquipélago, sem que ninguém veja. (com informações Blog do Planeta)
N.A. Apesar de FN aparentar ser modelo de gestão ambiental, pelo visto as coisas não são como parecem. Mas quem já esteve lá sabe que o arquipélago está bem à frente do resto do país nesse quesito. Cabe melhorar essas questões e não deixar desvirtuar a estrutura existente.
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