O Nossa São Paulo: Outra Cidade, com o apoio de autoridades, ainda discutiu sobre a qualidade dos combustíveis, defendendo a diminuição do enxofre no diesel. Também levou adiante sua proposta de criar o selo Trânsito Seguro, que incentiva o motofrete responsável. E isto foi só o começo. Seu objetivo é conscientizar a população e o poder público da urgência de mudanças estruturais na cidade - que incluem todos os temas relacionados à mobilidade urbana - para que se conquiste qualidade de vida. Mas claro que, sem o engajamento de todos e a disposição para mudar hábitos é imprescindível para que isso ocorra. O Dia Mundial sem Carro foi lançado na França, em 1997, e ganhou adeptos na Europa rapidamente. Aqui no Brasil, registrou manifestações isoladas a partir de 2005, mas só este ano sua divulgação e a adesão foram mais expressivas.
BALANÇO DO DIA MUNDIAL SEM CARRO - SP
Hoje, alguns jornais e sites dizem que a iniciativa, em São Paulo, foi um fracasso, embora os números oficiais só serão divulgados daqui uns dias. Mas, por que fracassou? Por que boa parte da população não participou? Por que não deixou seus carros na garagem? Por que as bicicletas não dominaram a paisagem? Por que ninguém deixou de comprar mais um carro novo nesse dia? Ou por que o trânsito - em algumas cidades - foi insuportável? (em São Paulo, os passeios ciclísticos interditaram algumas ruas e o paulistano insistiu em usar o carro... deu nisso!) Nada disso é importante. O que vale é a mobilização que essa iniciativa provocou. Antes mesmo de "o dia" chegar, o movimento Nossa São Paulo - lançado em maio deste ano pelo empresário Oded Grajew -, além de "contaminar" outras cidades brasileiras com a idéia de deixar o carro em casa nesse dia, já tinha realizado algumas ações bastante significativas. Discutiu sobre saúde, revelando dados alarmantes como o fato de que, todos nós, perdemos um ano e meio de nossas vidas por causa da poluição. Também falou da ocupação média dos carros, em São Paulo, é de 1,2 pessoa e que, a cada dia, 500 novos automóveis entram em circulação. Também contou que, em 2006, cerca de 1.487 pessoas morreram em acidentes no trânsito; por dia, são, pelo menos, 3 pessoas.
Agora, mesmo que os brasileiros ainda não tenham compreendido a importância de participar de iniciativas como a do Dia Mundial sem Carro - e que boa parte considere, esta, uma conversa de ecochatos - a provocação está feita. E, como dizia um dos cartazes criados pela agência Lew Lara para essa campanha: "Tudo começa com o primeiro passo. Principalmente o segundo passo". Vamos dá-lo, logo? (com informações PLANETA SUSTENTÁVEL)
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