A revista Time desta semana está informando aos americanos que os biocombustíveis, que são vendidos como solução para o aquecimento global, podem piorar a crise climática do planeta, se continuarem produzidos às custas de desmatamento. Segundo a Time, uma explosão na demanda por biocombusíveis, como etanol (de cana e milho) e biodiesel (de óleos vegetais) está elevando o preço mundial dos grãos. Isso incentiva uma expansão dramática da agricultura brasileira, que invade a floresta amazônica. A revista descreve o processo complexo que leva à devastação. Segundo um estudo da revista científica Science, se o desmatamento for levado em conta, o biodiesel de soja e o etanol de milho produzem duas vezes as emissões de carbono (principal gás de efeito estufa) que a gasolina. A revista Time ainda lembra que a expansão da cana brasileira no cerrado também têm impacto de desmatamento. O que a publicação não apresenta é o potencial da agricultura brasileira crescer em áreas já degradadas. Dos 72 milhões de hectares já devastados na Amazônia, o equivalente a toda a Região Sul do país, cerca de 56 milhões de hectares são ocupados por uma pecuária de baixa produtividade. E ainda há uma porção de terra totalmente abandonada. Segundo um estudo do Banco Mundial, usando melhor essas áreas desperdiçadas, o país pode duplicar sua produção de biocombustíveis sem derrubar florestas ou comprometer a produção de alimentos. Temos que considerar também o eventual caráter protecionista da publicação... (com informações Pense Verde)
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