UNIÃO FAZ LICITAÇÃO PARA CONCESSÃO FLORESTAL

Pela primeira vez no Brasil, o governo abriu uma licitação de concessão florestal para que empresas possam explorar a área de forma sustentável. A Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, recebeu 19 propostas, de oito concorrentes, que serão analisadas seguindo os critérios de preço e socioambientais, sendo esses últimos de maior peso. A sessão de abertura dos envelopes de habilitação e de propostas ocorreu na sede do Ibama, no dia 9 de janeiro. As proposições dos concorrentes poderão ser incluídos em projetos sustentáveis, como os ligados a produtos madeireiros ou a atividades como o turismo ecológico. O vencedor de cada unidade assinará um contrato de 40 anos, no qual estão incluídos tanto a conservação, quanto a exploração da área. O dinheiro arrecadado com a concessão será empregado na fiscalização, monitoramento e controle da região. Pelo menos 70% será revertido ao Instituto Chico Mendes, ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, ao estado de Rondônia e aos municípios onde se localizam as áreas manejadas. A Floresta Nacional do Jamari possui cerca de 220 mil hectares. Desses, 96 mil foram divididos em 3 unidades - com 17 mil, 33 mil e 46 mil hectares - e então licitados. O objetivo para a divisão com diferentes tamanhos era para dar oportunidade a produtores de diferentes escalas. Os outros 60% serão explorados de outra forma, como para uso comunitário, conservação integral e mineração. O diretor do Serviço Florestal Brasileiro acredita que o leilão foi um sucesso. "Foram vários concorrentes, inclusive consórcios de pequenas e médias empresas, e interessados em todas as unidades de manejo", explica. No total, 14 empresas entraram na disputa e responderão por critérios técnicos divididos em quatro temas: maior benefício social, menor impacto ambiental, maior eficiência e maior agregação de valor local. Os técnicos do Serviço Florestal Brasileiro analisarão os documentos para verificar se as empresas inscritas estão aptas para a disputa. Os nomes das aprovadas deverão ser divulgados ainda em janeiro. (com informações Planeta Sustentável)

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