USINAS TERMOELÉTRICAS DEVERÃO COMPENSAR EMISSÃO DE CO2

O Ministério do Meio Ambiente decidiu apertar as regras para o licenciamento de usinas termoelétricas que utilizam carvão e óleo para a geração de energia. Responsáveis pela emissão de cerca de 14 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, elas terão que incorporar o custo ambiental, que inclui o plantio de milhares de árvores, para obter a licença de operação. A medida será aplicada à concessão de novas licenças e à renovação do licenciamento das que já estão funcionando e que tem validade de seis anos. A partir da portaria do Ibama, em breve publicada no DOU, as medidas de mitigação passam a ser adotadas de forma complementar, ou seja, aquelas usinas que já trabalham com o mecanismo de desenvolvimento limpo, comprando créditos de carbono, adotam as novas regras até atingirem sua conta de emissões. As que não adotam o MDL, podem optar pelo novo sistema. Estimativas preliminares dão conta de que numa usina com capacidade para 100 MW/h, que opere durante 25% do ano, terá que plantar até 600 árvores. Essas medidas terão que corresponder a, no mínimo, um terço das emissões, a parcela restante pode ser paga com o investimento em energia limpa, como a geração eólica, que começa a entrar na lista de prioridades do ministério. Além do reflorestamento, que contribui com o chamado sequestro de carbono (fotossíntese), as usinas terão que manter a floresta obedecendo a um plano de manejo, que prevê o cuidado por até 10 anos. O Operador Nacional do Sistema, responsável pela distribuição de energia no País, prevê a utilização de termoelétricas como fornecedoras complementares, atuando na maior parte das vezes nos períodos de seca, quando a oferta da eletricidade gerada pelas hidrelétricas, bem menos poluentes, diminui. Até 2017, está prevista a entrada em operação de 82 termoelétricas, elevando as emissões para 39 milhões de toneladas. Até lá, estima-se que o setor possa ser responsável pelos plantio de 3 milhões de árvores, o que significa que boa parte do carbono lançado na atmosfera estará sendo utilizado, não representando perigo para o meio ambiente. (com informações MMA)

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