PAÍSES PESQUEIROS NÃO SÃO EXEMPLO

Quatro dos cinco países que mais capturam peixes em áreas costeiras no mundo --China, Peru, Japão e Chile-- receberam nota abaixo de 5,0 num estudo que avaliou o grau de adesão da pesca mundial a práticas pesqueiras sustentáveis. O levantamento, que analisou os 53 países que mais pescam no mundo (e respondem por 96% do que é retirado dos oceanos), concluiu que todos têm gestão pesqueira reprovável. Nenhum país teve nota maior do que 6,0, sobre máximo de 10,0 informa um trabalho da UFRGS sob coordenação da ONG WWF. O ranking foi feito com base na adequação dos países ao Código de Conduta para a Pesca Responsável das Nações Unidas, e aponta que a pior prática de pesca do mundo é a da Coréia do Norte (nota 0,9), país de indústria pesqueira pequena. Mas é quando se olha para as notas dos países que mais pescam que a situação para a biodiversidade marinha e para a segurança alimentar das populações ficam piores. A China, que comercializa 17,3% de tudo o que é pescado no mundo, aparece apenas em 22º lugar (nota 4,2) no ranking de responsabilidade. Dos cinco países que mais pescam no mundo, apenas os Estados Unidos tiveram uma nota "razoável": 5,8. Já o Brasil está longe de ser um exemplo, com nota 3,3. O país, porém, não tem tanto peso no mercado de pesca. Em termos de qualidade de gestão, o Brasil ocupa a 29ª posição, segundo os dados usados no estudo, que são de 1999. No Brasil 80% dos recursos pesqueiros estão sendo superexplorados. Ou seja, a retirada é muito maior do que a capacidade de reposição dos estoques. Sendo assim, em alguns anos ou décadas, vários grupos de peixes podem desaparecer do mercado brasileiro. Entre as grandes vítimas da pesca em águas nacionais estão os cações, por exemplo. (com informações Folha Online)

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