CAI INTERESSE NO CONTATO DA NATUREZA

Estudo feito por cientistas americanos, que está no site Veja.com, revela que a prática de atividades ao ar livre e a visitação a parques e refúgios naturais está caindo em ritmo alarmante nos Estados Unidos e no Japão. O motivo, segundo os pesquisadores, é a substituição das diversões externas por hábitos de lazer domésticos e sedentários, como jogar videogame, assistir televisão ou passar horas diante do computador. Observada nas sociedades dos dois países, essa tendência não tem impacto apenas na saúde das pessoas. De acordo com os cientistas, pode comprometer também o interesse dos países em preservar parques naturais e o ambiente de uma forma geral. O alerta é baseado na análise de taxas de visitas aos parques nacionais e estaduais de cada país, e do número de licenças de caça e pesca emitidas por ano nos EUA e no Japão. Conforme diz o estudo, o número de visitantes nos parques naturais dos EUA atingiu o seu pico em 1987. Em 2006, a taxa já era 23% menor. No Japão, o declínio observado foi parecido: de 1991 a 2005, o número de visitantes dos parques caiu 18%. A pesca, por sua vez, muito popular entre os americanos em 1981, era 25% menor em 2005. A única atividade cujo número de licenças expedidas ainda não caiu é a caça. 'Videofilia' - A queda do interesse de americanos e japoneses no contato com a natureza é atribuída pelos cientistas ao que chamaram de "videofilia" - a disposição cada vez maior das pessoas a ficar em casa, se divertindo com jogos e aparelhos eletrônicos. Não por acaso, a pesquisa centrou seu foco nos dois países onde a tecnologia avança mais rápido, e não demora a chegar aos consumidores. Além dos problemas de saúde comprovados por outros estudos que a "videofilia" pode causar - obesidade e déficit de atenção, para citar os mais comuns - os autores do estudo se disseram preocupados com um outro aspecto. Os pesquisadores disseram acreditar que a falta de experiências ao ar livre - especialmente nas crianças - fará com que elas não dêem valor à preservação do meio ambiente no futuro.

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