"ARCO DO FOGO" APLICA R$ 15 MILHÕES EM MULTAS AMBIENTAIS

Cem por cento das empresas madeireiras autuadas, nove delas interditadas e 23 bloqueadas por serem empresas fantasmas. Esse foi o saldo da operação Arco de Fogo em Machadinho D’Oeste, cidade situada no Nordeste de Rondônia, a 150 km da capital Porto Velho. Fiscais do Ibama e policiais federais encerraram as atividades em Machadinho D’Oeste no dia 18 e iniciaram na terça-feira, 22, a operação em Cujubim, município vizinho. Por enquanto, eles realizam análise documental das empresas da cidade. Todas as empresas madeireiras ativas do município (32) foram fiscalizadas e autuadas por comercializar ou por ter em depósito madeira sem origem legal. Os fiscais aplicaram 97 Autos de Infração no valor total de 15 milhões. Foram apreendidos 3 mil metros cúbicos de madeira em tora e serrada, o suficiente para encher 130 caminhões. Ao analisarem a documentação das empresas, os agentes descobriram que outros 3 mil metros cúbicos foram comercializados sem autorização. Nove madeireiras foram paralisadas por falta de licenciamento ou por não comprovar a origem dos estoques de madeira. As máquinas foram lacradas. Toda a madeira apreendida foi recolhida pelas Prefeituras de Ariquemes e Machadinho D’Oeste. Além das madeireiras, as equipes da Arco de Fogo vistoriaram outras irregularidades ambientais. Centenas de fornos irregulares foram demolidos por funcionar sem licença. Os proprietários dos fornos foram multados. A frente que fiscalizou desmatamentos identificou devastação em Área de Preservação Permanente (APP). Dois fazendeiros foram multados em R$ 49 mil e R$ 245 mil por desmatar APP sem autorização. Um deles é dono de uma madeireira que foi lacrada pela operação. No início da ação em Machadino D’Oeste, o Ibama fez levantamento das empresas madeireiras da região. Constavam no Cadastro Técnico Federal do Ibama (CTF), 55 empresas madeireiras. Quando os fiscais verificaram os endereços declarados no CTF, constataram que 23 estavam inativas. Segundo informações colhidas pelas equipes da Arco de Fogo, algumas madeireiras pararam de funcionar há anos. Outras nunca existiram no local indicado no sistema. No lugar de antigas serrarias foram encontradas empresas de outros ramos comerciais. Em outros casos, havia pequenas serrarias (chamadas de pica-pau por serrar pouca madeira) sem madeira no pátio. Apesar de várias tentativas, os fiscais e policiais não localizaram os responsáveis, o que reforça a suspeita de que tais serrarias ou são ilegais ou existem apenas como fachada para esquentar madeira ilegal. Outro fato intrigante é que essas serrarias estão movimentando mais de mil metros cúbicos de madeira por mês. Os fiscais pediram o cancelamento de registro dessas madeireiras junto a Superintendência do Ibama em Rondônia. (com informações Ibama)

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