DECISÃO JUDICIAL MANTÉM EMBARGO AO DESMATAMENTO EM MATO GROSSO

Produtores rurais de Mato Grosso perdem a ação judicial que os permitiria voltar a derrubar florestas. Um decreto presidencial impede desde dezembro de 2007 o desmatamento em 19 cidades do Estado. O embargo faz parte de um pacote de medidas do governo para tentar conter o desmatamento na Amazônia. As derrubadas voltaram a crescer depois de três anos de queda nos índices. Dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) relevaram que em apenas quatro meses foram derrubados 7 mil quilômetros quadrados de floresta. Mais da metade aconteceu em Mato Grosso. A alta nas commodities agrícolas - soja e carne - seria a explicação para o retorno da abertura de novas áreas de mata. Desde que foram apontados como os responsáveis pela nova onda de destruição, os ruralistas do Estado começaram a contestar os índices do Inpe. Representados pelo governador Blairo Maggi eles tentam provar que não ocorreu uma aumento do desmatamento na região. Além de contestar o Inpe, os ruralistas mato-grossenses entraram com um mandado de segurança coletivo contra o decreto que proibia novas derrubadas. A ação foi movida pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato). Essa semana, o juiz federal rejeitou o pedido. Apesar da decisão judicial manter a proibição de corte raso, ela não impede que ocorra mais desmatamento ilegal. Isso porque o decreto regula as derrubadas apenas em áreas privadas. A proteção das outras áreas depende de ações de fiscalização como as que aconteceram em Paragominas, no Pará. (com informações Pense Verde)

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