BIOMA PAMPA

Uma reunião técnica do Grupo de Trabalho do Bioma Pampa, realizada na sexta-feira, na Superintendência do Ibama/RS, com a presença de convidados especiais, teve uma pauta ampliada. Conforme definição dos organizadores, o principal objetivo do encontro era identificar oportunidades e prioridades para novas políticas públicas de uso sustentável no Bioma Pampa, com ênfase na conservação dos campos nativos. Para dar uma pequena idéia das dimensões deste Bioma pode-se citar algumas de suas características, bastante desconhecidas até pelos gaúchos: no Brasil, o Bioma Pampa está restrito ao Rio Grande do Sul, onde ocupa uma superfície de 178.243 km², correspondendo a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. No entanto, corresponde à porção norte de uma das mais importantes regiões de campos temperados do mundo, os Campos do Rio da Prata, que se estende por todo o Uruguai e parte da Argentina. A introdução e expansão das monoculturas (soja, arroz e silvicultura mais recentemente) além das pastagens com espécies exóticas estão levando a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais. O encontro contou com a presença de cerca de 40 pessoas entre professores e pesquisadores, a maioria com profundo conhecimento daquela região e inúmeros trabalhos e livros publicados além de representantes de ONGs, e diversas entidades que discutiram o assunto durante todo o dia. Entre os temas considerados prioritários para detalhamento e elaboração de propostas concretas estão: a definição de parâmetros para o aproveitamento econômico do campo nativo em área de reserva legal: a elaboração de uma política que integre crédito e assistência técnica para a pecuária sustentável sobre o campo nativo; a ampliação da rede de unidades de conservação levando em contra o potencial de desenvolvimento turístico das diferentes paisagens do Pampa. (com informações Ibama)

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