A ÁGUA QUE MATA

Cerca de 28 mil pessoas ainda morrem no Brasil todos os anos por causa da contaminação da água ou de doenças relacionadas com a falta de higiene. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que publicou um levantamento mostrando que investimentos no tratamento da água poderiam economizar grande quantidade de recursos públicos. Os serviços de saúde no mundo poderiam evitar gastos de US$ 7 bilhões ao ano se os governos optassem por dobrar investimentos com tratamento de água. Em termos de redução de gastos com saúde, o mundo ganharia US$ 84 bilhões por ano com um sistema de água confiável. Para isso, os países precisariam destinar cerca de US$ 11,3 bilhões a mais para o setor de água, esgoto e sanitários. No mundo, 6,3% das mortes ainda são causadas por doenças decorrentes da má qualidade da água. No total, são 3,5 milhões de mortes por ano no mundo que poderiam ser evitadas. Por outro lado, Um relatório, apoiado pelas Nações Unidas, pede a governos locais e federais que reforcem o gerenciamento de seus recursos hídricos como forma de combater a pobreza e a corrupção. Segundo o estudo, "Corrupção Global 2008: Corrupção no Setor de Água", mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e 2,4 bilhões vivem sem saneamento básico. O relatório, compilado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, e a ONG Transparência Internacional, revela que a crise se deve mais a falhas de governança que à escassez de recursos hídricos. O continente mais afetado pela falta d'água é a África. A Ásia tem o maior número de pessoas sem saneamento. Segundo os organizadores do estudo, é a primeira vez que o termo corrupção é analisado em associação com o fornecimento de água. O relatório revela que os problemas podem surgir já no início de grandes contratos com pagamento de propinas. Um outro exemplo da corrupção é a obtenção de serviços de água e saneamento sem o pagamento de impostos. (com informações Clicrbs)

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