CONFUSÃO NA VOTAÇÃO DO PROJETO DE URBANIZAÇÃO DO ESTALEIRO SÓ

Manifestantes contrários ao Projeto Pontal do Estaleiro, que pretende remodelar a área do antigo Estaleiro Só, no bairro Cristal, em Porto Alegre, entraram em confronto com seguranças da Câmara de Vereadores na tarde de ontem. Com faixas e cartazes, o grupo de dezenas de pessoas – entre estudantes universitários, militantes do PSOL e ambientalistas – pretendia entrar no plenário para acompanhar a sessão. Eles esperavam que os parlamentares votassem ontem a proposta, o que não ocorreu. A confusão teve início quando os manifestantes, segundo a presidência da Câmara, que estavam no plenário, deixaram o local e decidiram retornar. No início, o vereador disse que eles haviam deixado pandeiros, tampas de panelas e megafones na portaria. Quando tentaram voltar, teriam recuperado os objetos e iniciaram uma confusão. Na versão dos manifestantes, o grupo não buscava conflito. Queria apenas protestar contra o impacto que a obra, na opinião deles, terá. Houve empurra-empurra. O projeto pretende urbanizar a área de 60 mil metros quadrados do antigo Estaleiro Só, fechada há 21 anos, na Zona Sul, com investimento total de até R$ 150 milhões, prevendo a construção de seis prédios, que teriam a altura máxima permitida para a região, de 43 metros, o equivalente a 12 andares cada um. Seriam 216 apartamentos residenciais em quatro prédios. Um edifício seria comercial, com 195 salas. O outro empreendimento previsto é um flat, com 90 unidades. Os prédios seriam construídos a uma distância mínima de 60 metros do Guaíba. Está previsto também área para lojas, bares, restaurantes, além da construção de uma marina. Na área pública, o projeto prevê ciclovia, a abertura de rua e calçadão. (com informações ZH)

2 comentários:

Anônimo disse...

"...grupo de dezenas de pessoas – entre estudantes universitários, militantes do PSOL e ambientalistas – pretendia entrar no plenário..."
Essa informação da ZH não está completa. Entre os manifestantes estavam sim ambientalista, estudantes universitários e militantes do PSOL. Mas a ZH omitiu os representantes de ONGS, Movimentos e Associações de Moradores, Movimentos Sociais, Artistas Plásticos, pessoas identificadas com o PT, PP, PMDB, PDT e PSDB, além de cidadãos comuns que souberam da manifestação e foram à Câmara para expressar sua vontade de que a Lei não seja alterada para beneficiar um empreendedor imobiliário e prejudicar toda a comunidade.

AB disse...

Obrigado pela informação, vou acompanhar o site de vocês para divulgar o caso. Apóio a revitalização, mas não da forma como está sendo feita. Ainda mais assim, tudo sendo "empurrado goela abaixo" e com uma celeridade surpreendente. Abraços