FOGO ARRASA A CALIFÓRNIA


Mais de 500 mil pessoas deixaram suas casas no condado de San Diego, cidade de fronteira com o México ao sul de Los Angeles, devastada por violentos incêndios. No total, 350 mil residências foram abandonadas e duas pessoas morreram. Da costa oeste dos Estados Unidos, o correspondente da TV Globo Rodrigo Alvarez destaca que em um dos estados americanos mais prósperos, 1,2 mil casas já foram destruídas pelas chamas, entre elas, mansões de estrelas de Hollywood. O ator John Travolta disse que a residência dele ainda está a salvo e pediu medidas urgentes. Já Richard Gere, ficou espantado com a violência do fogo e ressaltou que o número pequeno de vítimas é um milagre.

O governador Arnold Schwarzenegger decretou, na segunda-feira (22), estado de emergência nas áreas atingidas. Nesta terça-feira, ele disse que o clima seco e quente e os ventos fortes provocaram as condições ideais para o fogo se alastrar. Em rede nacional, o presidente americano George W. Bush anunciou o envio de ajuda federal para a região e reforços de outros estados estão sendo enviados para a Califórnia. Até mesmo guardas que vigiam a fronteira dos Estados Unidos com o México foram deslocados para combater o fogo. Autoridades da Califórnia calculam estar diante do maior incêndio da história recente do estado. Há quatro anos, um outro incêndio deixou 15 mortos e cidades inteiras destruídas. Até o momento, são pelo menos 15 focos diferentes de incêndio e os mais intensos estão ao norte de Los Angeles, nos arredores de San Diego e mais ao sul, na fronteira com o México.

O vento forte e o risco de novos incêndios deixaram várias áreas do sul da Califórnia completamente vazias. Em Rancho Bernardo, por exemplo, o comércio está fechado e a principal avenida, normalmente muito movimentada, está deserta. Dezenas de escolas fecharam por tempo indeterminado. Para se proteger dos incêndios, milhares de pessoas foram levadas nesta terça-feira para o estádio Qualcomm de San Diego. Idosos e jovens, pobres e ricos, mais de 20 mil pessoas já estão no interior do estádio, casa da popular equipe de futebol americano San Diego Chargers American. A situação, que a princípio faz lembrar o que ocorreu no estádio Superdome de Nova Orleans há dois anos após a passagem do furacão Katrina, é na verdade bem diferente, já que em San Diego tudo está organizado e muitos refugiados têm a opção de seguir para outros locais, incluindo hotéis e casas de conhecidos.

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